Marketing Gastronômico
Fast casual: conheça essa tendência gastronômica

Fast casual: conheça essa tendência gastronômica

Curso Marketing Gastronômico

A praticidade do fast food sem abrir mão do conforto do ambiente e da qualidade da refeição. Em poucas palavras, podemos chamar isso de fast casual, tendência em crescimento no Brasil e no mundo. Restaurantes que optam pelo modelo dispensam o serviço de mesa, mas investem em um menu mais personalizado e gourmet.

Estima-se que o mercado fast casual tenha crescido mais de 500% desde 1999, nos Estados Unidos, e que o lucro tenha sido de aproximadamente US$21 bilhões em 2014. Está interessado? Então saiba mais sobre a tendência e por que você deve investir nela.

Os principais modelos de restaurantes

Um dos modelos mais tradicionais de serviço de alimentação, o restaurante à la carte, inclui um cardápio com muitos pratos e opções de bebidas. O serviço de mesa, com garçons e, ocasionalmente, maître e hostess, também é oferecido. O ambiente é tranquilo e confortável, e as refeições podem se estender por um longo período.

Já o fast food é uma contraposição disso. O pedido é realizado no caixa e a refeição é retirada no balcão ao lado. O cliente escolhe uma mesa, muitas vezes em praças de alimentação, e consome rapidamente o que comprou. O conforto não é uma prioridade e, geralmente, o cliente quer consumir logo a refeição para retornar aos seus afazeres.

No modelo fast casual existem algumas semelhanças: o pedido é realizado no caixa e retirado no balcão. No entanto, o cliente acompanha o preparo de seu alimento. Os ingredientes são mais diversos e selecionados: muitas vezes, são oferecidas opções integrais e orgânicas. A possibilidade de combiná-los gera um cardápio amplo de possibilidades.

Em geral, o ambiente é mais agradável e, embora não haja serviço de mesa, o restaurante oferece talheres de metal e pratos de porcelana, além de um salão mais reservado e confortável.

A tecnologia pode ser uma aliada: muitas redes de restaurantes fast casual oferecem aplicativos para que o cliente faça seu pedido online. E, falando em tecnologia, nada de “expectativa versus realidade”. Em fast casuals, os pratos são montados com cuidado, e não ficam muito diferente das fotos utilizadas em peças publicitárias do restaurante. Ou seja: mais um ponto positivo para quem adora postar suas refeições nas redes sociais.

Afinal de contas, o que é fast casual?

Fast casual é uma segmentação entre os restaurantes fast food e os restaurantes à la carte: não oferece serviço de mesa, mas proporciona uma experiência gastronômica de melhor qualidade, com menos sentido de urgência. A casualidade é mantida, ou seja, o cliente faz o pedido no caixa, acompanha o preparo de sua refeição e a retira no balcão.

Em geral, restaurantes fast casual apresentam quatro pontos básicos:

  • Qualidade da comida: superior às de fast food, com possibilidade maior de personalização. Ingredientes frescos são priorizados;
  • Tipo de serviço: rápido, sem serviço de mesa. A cozinha é aberta e visível;
  • Preço: acessível, mas mais alto que os de fast foods. Em um levantamento de 2016, o tíquete médio dos fast casuals era de R$26,00 a R$38,00 por refeição. Nos Estados Unidos, o custo médio da refeição fast casual é de US$8 a US$15;
  • Ambiente: mais aconchegante do que as redes de alimentação rápida, com utilização de pratos de porcelana e talheres. Muitas vezes, o restaurante oferece wi-fi e aplicativos para acessar o cardápio e fazer o pedido.

Por que investir em fast casual?

O modelo funciona bem em cidades mais abastadas e com consumidores mais jovens, dispostos a pagar por uma refeição de maior qualidade e por um ambiente tranquilo. Na Europa, em países como Alemanha, Reino Unido e França, o faturamento de fast casuals foi de até US$ 2 bilhões, cada, em 2014. De acordo com o mesmo levantamento, embora os valores sejam altos, o modelo fast casual ainda representa fatias pequenas do mercado de alimentação, com 7% no Reino Unido e 14% na Alemanha. Nos Estados Unidos, a fatia é de 10%.

Restaurantes nesse modelo contam com algumas vantagens em relação aos tradicionais e às redes de fast food, como:

  • Não há necessidade de contratar garçons, maître e hostess;
  • O tíquete médio por refeição é mais alto se comparado aos fast foods;
  • A marca pode investir em conceitos de comida gourmet, sustentabilidade e/ou vida saudável, criando um apelo junto a estes mercados e atraindo uma clientela mais refinada;
  • O preço executado é um pouco mais elevado do que em restaurantes de fast food. No entanto, o cliente se dispõe a bancar a diferença, em busca de uma experiência mais personalizada e de uma refeição mais elaborada.

Para que o negócio tenha sucesso, entretanto, é necessário ter atenção em dois pontos-chave:

  • A equipe, enxuta, deve ser extremamente bem treinada para atender o cliente com qualidade e eficiência;
  • O tempo de entrega da refeição deve ser baixo. Lembre-se: o cliente escolhe o fast casual porque quer consumir uma boa refeição em um bom ambiente, mas não quer gastar muito tempo no processo.

Exemplos de fast casual

Nos Estados Unidos, a rede Shake Shack é um destaque no mundo dos negócios: famosa por servir hambúrgueres gourmet com rapidez, a rede viu suas ações serem valorizadas em mais de 130% em apenas um dia na bolsa de valores.

No Brasil, o restaurante mais famoso que aplica conceitos de fast casual, em algumas lojas, é o Spoleto. No novo formato, ingredientes mais frescos e sofisticados são oferecidos. Para ficar ainda mais longe do modelo fast food, as lojas oferecem um ambiente mais refinado e aconchegante.

A rede de sanduíches Bob’s também tem planos ousados: até 2019 espera-se que todas as lojas franqueadas atendam no modelo fast casual. A rede investiu em totens de autoatendimento e passou a permitir que o cliente personalize seu lanche sem custos extras. O mobiliário também mudou e as lojas contam com mesas para grandes grupos e banquetas individuais.

Com mais charme e atendimento mais personalizado do que os fast foods, os restaurantes fast casual chegaram para ficar. O tíquete médio, por refeição, é maior. A operação, por sua vez, deve ser ágil e eficiente, e o custo com pessoal é menor. O novo modelo atende aos anseios do cliente que procura por uma comida servida com rapidez, mas que não abre mão da qualidade. É um mercado em franca expansão no Brasil e no mundo.

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