Principais técnicas de empratamento
“A primeira impressão é a que fica” e “comida também se come com os olhos”. Você provavelmente já deve ter ouvido essas frases, não é mesmo? Apesar de já serem consideradas clichês, tais expressões devem ser levadas a sério por quem trabalha no ramo da gastronomia. Isso porque, de fato, uma boa apresentação do prato faz toda a diferença e pode ser decisiva para que o cliente volte ou não.
Além disso, um prato bonito é uma boa ferramenta de marketing, já que você pode fazer cliques dele para publicar nas suas redes sociais e site — ou até os próprios clientes farão isso, o que rende uma ótima publicidade para seu estabelecimento ou serviço.
Então, se você está se perguntando como é possível levar ao público uma comida que, só de olhar, já dá água na boca, a resposta é: colocando em prática algumas técnicas de empratamento. Confira a seguir alguns métodos para dar outra cara aos seus pratos!
Foque a atenção no preparo e não pule o mise en place
“Mise em place” é um termo em francês que significa “pôr em ordem” e muitos cozinheiros sabem que, antes de começar qualquer receita, é necessário fazer isso com os ingredientes, equipamentos e utensílios que serão utilizados. Quer saber como isso pode ajudar no empratamento? Simples: se você se organiza desde o início, a finalização do prato será uma etapa muito mais tranquila.
Além disso, antes de obter um resultado estético capaz de conquistar o comensal logo de cara, é importante investir na preparação da receita. Parece óbvio, mas é um pouco complexo, pois não se trata apenas de deixar o alimento saboroso.
É preciso pensar se os ingredientes que serão utilizados harmonizam entre si visualmente e avaliar quais serão os melhores métodos de cocção para cada um, a fim de ressaltar suas maiores características.
Trate o prato como uma obra de arte
Não somente nas pinturas e esculturas podem ser aplicados conceitos das artes plásticas como, também, em preparações culinárias. Pense no prato como uma tela na qual é preciso buscar harmonia entre os elementos, levando em conta suas texturas, volumes e cores, e procure distribuí-los de forma equilibrada nos espaços.
Uma curiosidade sobre as cores é que, de acordo com o autor alemão Johann Wolfgang von Goethe, que publicou, em 1810, o livro “Teoria das Cores”, existem tons que são complementares e outros que são análogos. Na obra, ele apresenta os círculos cromáticos, que são de grande relevância para o estudo das cores até os dias atuais, e que você pode utilizar na concepção do seu prato.
As tonalidades complementares contrastam entre si, como o vermelho e o verde, por exemplo, e as análogas são vizinhas e formam degradé, como o rosa e o lilás. Já pratos monocromáticos devem ser evitados, pois passam um aspecto de monotonia.
Encare a louça como uma moldura
E se é importante tratar a comida como arte, é preciso encarar a louça como a moldura. Sua escolha deve ser feita de forma bem cuidadosa, analisando se seu formato e cores vão combinar com os alimentos que serão colocados e, principalmente, se ela vai exercer a função de exaltar a comida e não de roubar sua atenção.
Outra dica legal é que a receita não precisa ocupar toda a área do prato, pois os espaços não preenchidos também tendem a valorizar e organizar ainda mais os ingredientes.
Eleja um ponto focal
Ao empratar, é importante escolher um ponto que será o de maior importância e, inconscientemente, atrairá primeiro o olhar. Ele não precisa necessariamente estar no meio do prato, mas pode ser criado a partir de um ingrediente mais alto ou que tenha uma cor que chame mais atenção — em geral, o principal componente é a proteína, quando houver. E é a partir dele que os outros elementos serão organizados.
Vale investir, também, na utilização de utensílios que ajudam no manuseio dos ingredientes e na finalização dos pratos. Hoje em dia, é possível encontrar diversas opções, como pinças e aros, entre outras.
Invista na altura dos alimentos
Outra técnica de empratamento que valoriza e confere vida e dinamismo ao visual é a montagem multidimensional. Em outras palavras, procure adicionar alguma altura aos seus pratos, usando a forma natural dos alimentos. Se nenhum deles tiver altura, uma sugestão é criá-la, sobrepondo elementos, o que proporciona também novos sabores. Mas lembre-se de que o resultado não deve ter diferenças de níveis muito extremas.
Evite pecar pelo excesso
Sabe aquela máxima bastante conhecida que diz que “menos é mais”? Pois bem! Vale na hora de empratar também. Mas é importante ressaltar que não se trata de colocar menos comida no prato e deixar a pessoa que será servida com fome, nem de deixar a composição sem graça.
A ideia, nesse caso, é evitar excessos de elementos que só servem para enfeitar o prato e, até mesmo, deixá-los poluídos visualmente. É válido dizer que tudo o que é disposto deve ser comestível, pois o cliente não tem obrigação de separar o que é só adereço.
Além disso, com exceção de saladas e outras receitas que devem ser servidas frias, não é agradável levar àquela pessoa que está esperando sua refeição um prato fora da temperatura proposta e, quanto maior for a complexidade da montagem, maior é o risco disso acontecer.
Use a criatividade
Mesmo seguindo técnicas, ainda não há nada mais valioso que a criatividade, por isso, não deixe de expressá-la e dar o seu toque ao prato, afinal, você é o autor dele, certo?
Se quiser, busque referências, mas não apenas ligadas à gastronomia, como também em obras e livros sobre arte ou em filmes, por exemplo, pois ter um bom repertório nunca é demais e ajuda a se inspirar.
Agora que você já conhece as principais técnicas de empratamento, que tal acompanhar mais dicas e informações que vão ajudar a alavancar o seu negócio? Então, assine nossa newsletter (basta inserir o seu e-mail no topo da página do blog) e receba em primeira mão todas as novidades diretamente em seu e-mail!